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Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

Cheiro da Chuva

06.03.09, maripossa

Tão completamente o meu olhar perdido Cai e se perde na chuva.Fazendo poças de lembranças,
Que eu não sei onde o meu sentir se demora mais. Tateio com os dedos os ramos da árvore da vida,E escolho neles as palavras mais maduras.
Como fossem frutos. E dou de comer ao poema do instante,Para saciar a fome do potro vibrante como um violino,A galopar no meu peito.
À frente de cada emoção que quase rasga a alma.Tão completa e profundamente,
Existe a necessidade de exibir a colheita. Não importa qual ela tenha sido.

Se toda a beleza do existir pudesse ser mostrada. E toda a dor pudesse ser dividida na sua intensidade.Assim como os versos entendem o cheiro da chuva Que se perde nas ruas,
Bastaria apenas uma tempestade para explicar tudo.Como basta uma sinfonia,
Ou uma única lágrima dos olhos de quem se ama,Para nos fazer um mar de enternecimento,
No coração.

 

António Miranda Fernandes

 

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