Dualidade
São de renúncia os meus momentos gratos
É feito de recusa o meu desejo
São calmos os meus gestos insensatos
E é quando fecho os olhos que mais vejo
Mar de contradições onde navego
Em constantes de bruma e claridade!
Afirmando-me mais quando me nego
Prisioneira da minha liberdade
(Soledade Sumavielle)
(in "Tumulto"1966)