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Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

Segredo?

30.09.09, maripossa

O que será o segredo e o medo ! Ter medo de amar, soltar as amarras do tempo que se perdeu um dia. Segredo e ter medo de tentar ser feliz, e olhar para os lados, com medo da recriminação dos outros, ter segredo, e ter medo de dar um beijo ao ar livre, e alcançar a lua? Não, a tudo isto eu chamo ser feliz,  se libertar de preconceitos a toda a hora. O que será ter medo, que o dia aclareou e apetece saltar na praia, soltar um sorriso para o olhar que se cruza na rua, tenta ser feliz e te liberta do medo e segredo.Tanta coisa existe na vida para ser feliz, basta querer e sonhar que assim seja, ser nós e não olhar para os outros sempre que pensamos.

Lisa

 

Simples Homenagem...a Nós

28.09.09, maripossa

O dia raiava já se pede licença ao corpo, para atenuar o desgaste da condição humana, mas que fazer em prol  das mentalidades, se elas continuam tacanhas e tristes! Se pede aos santos ajuda e paz. Nesta hora se sobe monte e cai, hora vem a sede mas os olhos ao clarear do dia, começam a piscar já não se aguentam as pernas, uns escorregam, outros dizem mal da vida chamam nomes….quem me manda andar aqui. É chegada finalmente a hora de abalar!  E neste momento, alguém diz temos de ir para outro lado, precisam de nós? Estrebucha-se, se diz tantos nomes feios; mas depois lá está, mais uma missão a nossa espera! Aí está novamente a equipa feliz e contente, passam as horas já foi a ração da madrugada, o pequeno-almoço, o almoço esse chegou finalmente a meio da tarde? É neste batalhar, de teimar cair e levantar que lutamos, nos dá raiva olhar ele pela frente, dizer vou acabar contigo… FOGO!

Lisa

Palavras Amigas

23.09.09, maripossa

Hoje vou fazer uma surpresa a um amigo. Ele como sempre gentil e amigo me deixou um comentário em poesia que eu adorei e como tal só poderia aqui postar. A onde te encontres, sei que não te vais zangar comigo, não tomes a mal mas gostei mesmo já disse...obrigado pela partilha. E como convida a tal esta foto fica bem. Lisa

 

 

Vem colher-me!"


O tempo-relógio não quis compadecer-se do outro Tempo, do Sol franco, do Azul sem nuvens - outra era vinha agora, as Vindima a Amizade.
As Serras agora são oásis. A vida em volta entrou em movimentos e suor e alegria. Só se ouvia o correr fresco das conversas e as gargalhadas que escorriam mansamente, ora soltas ora entrecruzadas.
Braçadas de uvas. Coloridas, vibrantes, efémeras, cujo licor perdura para além do desvanecer do tempo.

 

(fotos sapo)

 

 

 

Entrada de Outono

21.09.09, maripossa

Ai está o Outono, leve e brincalhão com o sol brilhando pela manhã, a erva ainda se encontra verde, e folhas com cores de verão, não me deixam o coração dolente. Nos passeios ainda circulam, jovens e alguns menos jovens, a hora de ficar em casa ainda não chegou. O alvoroço ainda se encontra nas ruas durante o dia, talvez só a partir da hora do jantar, o silêncio dê conta da chegada. Pela manhã já sinto o orvalho nas plantas e folhas. Por aqui ainda vejo vindimadores a berrar alto porque o cesto está cheio para lançar no lagar, ao fim de tarde sinto o cheiro do vinho doce que fermenta no lagar, este é um sinal de Outono. Por isso meu amigo que entraste agora te desejo o tempo certo, e vou tentar pintar os sentimentos com as cores que me dás nesta entrada de estação.

Lisa

Beija_Flor

18.09.09, maripossa

 

Flor...
Flor que beija Flor que deseja
O beijo do beija-flor Que não a beija...
Ele voa. Desaparece, reaparece
E pousa em outra flor Saudade - dor!!
Esperança perdida nos jardins,Cravos, rosas
Margaridas e jasmins.Voe e pouse em outra flor.
Sinta o perfume dela. Leve seu pólen pará florir outra janela.
Traia todas as flores,Com beijos de todas as cores...
Mas cumpra com seu dever... Resgate o que cativou.
Faça renascer,Desejo - beijo - flor,Eu, você e o amor...
Beija!!! Flor...


Márcia Fasciotti

 

Vive o Instante que Passa

11.09.09, maripossa

Vive o instante que passa. Vive-o intensamente até à última gota de sangue. É um instante banal, nada há nele que o distinga de mil outros instantes vividos. E no entanto ele é o único por ser irrepetível e isso o distingue de qualquer outro. Porque nunca mais ele será o mesmo nem tu que o estás vivendo. Absorve-o todo em ti, impregna-te dele e que ele não seja pois em vão no dar-se-te todo a ti. Olha o sol difícil entre as nuvens, respira à profundidade de ti, ouve o vento. Escuta as vozes longínquas de crianças, o ruído de um motor que passa na estrada, o silêncio que isso envolve e que fica. E pensa-te a ti que disso te apercebes, sê vivo aí, pensa-te vivo aí, sente-te aí. E que nada se perca infinitesimalmente no mundo que vives e na pessoa que és. Assim o dom estúpido e miraculoso da vida não será a estupidez maior de o não teres cumprido integralmente, de o teres desperdiçado numa vida que terá fim.

 

Vergílio Ferreira

 

Espreito a Janela do Meu Ser

07.09.09, maripossa

Espreito pela janela do meu ser. Os olhos ficam cheios de água, a certeza da partida e da chegada. As horas sem dormir, e aí o meu ser fica lento nostálgico. No sonho guardo a magia pura dum esquecimento vago e distante. Como o abraço terno e furtivo do amante, mas eu me sinto firme e segura. No meu ser, eu espreito as palavras que não disse, o caminho que deixei para trás. É neste meditar que tento fechar a janela da vida sem olhar, para a lua e as estrelas, que continuam brilhando a olhar para mim, e tentando dizer algo que eu não sei explicar. Fico pregada na janela do meu ser, para continuar a ir à janela todos os dias ,e pensar em fecha-las! então deixar abertas de par em par e continuar a olhar para as estrelas e quanto elas são belas. Enquanto os meus olhos sorrirem, o coração amar e sonhar, sempre virei à janela todos os dias contemplar a lua e tudo que se passa em minha volta.

Lisa

 

A Luta pela Recordação

04.09.09, maripossa

Os meus pensamentos foram-se afastando de mim, mas, chegado a um caminho acolhedor, repilo os tumultuosos pesares e detenho-me, de olhos fechados, enervado num aroma de afastamento que eu próprio fui conservando, na minha pequena luta contra a vida. Só vivi ontem. Ele tem agora essa nudez à espera do que deseja, selo provisório que nos vai envelhecendo sem amor.
Ontem é uma árvore de longas ramagens, e estou estendido à sua sombra, recordando.
De súbito, contemplo, surpreendido, longas caravanas de caminhantes que, chegados como eu a este caminho, com os olhos adormecidos na recordação, entoam canções e recordam. E algo me diz que mudaram para se deter, que falaram para se calar, que abriram os olhos atónitos ante a festa das estrelas para os fechar e recordar...
Estendido neste novo caminho, com os olhos ávidos florescidos de afastamento, procuro em vão interceptar o rio do tempo que tremula sobre as minhas atitudes. Mas a água que consigo recolher fica aprisionada nos tanques ocultos do meu coração em que amanhã terão de se submergir as minhas velhas mãos solitárias...

 

Pablo Neruda