Outono
Aquela nuvem cinzenta, punha uma luz nevoenta no dia húmido e frio
No chão molhado da estrada, ficara, leve, marcada
a impressão dos teus passos....
Sentia que me invadia, da vida que se perdia
o mais mortal dos cansaços...
Como a árvore, na turva luz que se apaga, recolhe a seiva e dormita.
Assim minha alma cansada, já nem sequer era aflita;
nem esperava
Nem desejava...
Olhava...
Apenas viviam meus olhos tristes e lassos.
No chão molhado da estrada
ficara, leve, marcada
A impressão dos teus passos...
Francisco Bugalho