Uma Amiga
Várias vezes ela esteve próxima ou passou perto e você nem notou, fingiu não enxergar.
Desdenhou.
Ela, sempre fiel, sempre amiga, amante apaixonada, continuou a insistir: - “estou aqui, apanhe-me, leve-me, guarde para você!”.
Debalde!
Sua cegueira, sua surdez obtusa não permitia!
Incontáveis vezes, dizendo ser a última chance, a última oportunidade mesmo – sempre havia mais uma...e outra mais - ela aparecia com seu sorriso meigo, sua sinceridade, sua vontade de ajudar!
Às vezes parecia que você finalmente a tinha ouvido. Tinha escutado suas oferendas e sorria.
Sorrias o verdadeiro sorriso dos vencedores!
Não o sorriso nervoso dos negativistas, dos infortunados.
Desfrutavas então amplamente de todas as belezas que o Criador havia reservado para as suas Criaturas!
Irradiavas misteriosa aura que encantava e animava outras pessoas.
Eras, então, normal!
Mas tudo desfazia por encanto. Tudo caía por terra!
O riso que era franco, tornava-se amargo e falso.
Preferia a dor enfrentar. Preferia a falsa amiga.
Preteria a evolução.
Vai por mim companheiro, e saiba Aqui caminhar!
Se Ela está disponível, se Ela está por perto, por quê então não a apanha?
Por quê não a amarras a ti, e deixa a vida seguir?
Por quê insistes em chutá-la, negar que Ela existe e quer estar ao seu lado?
Por quê não abraça teu corpo, ata com cordas bem fortes: de amor, trabalho, e paz?
Aceita que Ela está bem perto! Sempre disposta a doar.
Aceita que Ela existe e que se chama
FELICIDADE!
Adriles Ulhoa Filho