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Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

Os Jacarandás

16.06.08, maripossa

Em meados de Junho os jacarandás de Lisboa estão em flor, sua luz fende a pupila, acaricia o dorso da sombra. É então que- sei lá se pela última vez- a inocência volta a entrar na minha vida. Olhos, mãos, alma, tudo é novo- recomeço a prodigalizar alegria, uma alegria que não procura palavras porque o seu reino não é o da expressão. Digamos que esta nova experiência, a que não quero dar nome, não se procura em interrogar, talvez por já não ser tempo de dúvidas, ou então por não lhe dizerem respeito essas verdades últimas,cegas como facas.

Não é um poema de obediência o que me proponho nestas linhas; trata-se de outra coisa:levar a boca fresca do ar o ardor das areias queimadas. Mas sem plavras,sem palavras

 

Eugénio de Andrade

 

 

 

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