Hoje com a passagem de Abril para Maio, por estes lados se costuma colocar as chamadas maias nas portas. passam tempos que nem me lembra de colocar nenhuma, dizem uns que é por causa do mau olhado? se calhar alguns terão as suas crenças, eu não costumo querer nestas coisas...mas que as há é verdade,e bastam olhar para nós que o seu olhar é fulminante, queima mais que a caruma do monte quando eu a calco, no verão pela época dos incêndios.é considerada daninha ou evasiva em muita regiões do norte de Portugal. Os ramos são tradicionalmente utilizados para a manufactura de vassouras.
agora a verdade é esta e mais nenhuma?
No norte de Portugal, é tradição exibir um ramo de giesta no dia 1º de Maio, alegadamente como protecção contra o carrapato (identificado com o demónio ou com o mau-olhado). Por essa razão a planta é também conhecida como maia.
id="BLOGGER_PHOTO_ID_5330502760608576306" /> Esta foto foi tirada nas serras de Fafe,e as ditas giestas (maias)
Nesta altura por estes lados, se usa colocar à meia noite,de hoje as mais nas portas,uns dizem que é para o mau olhado,tradiçoes acredito,mas que as há é verdade?As portas das casas são enfeitadas com ramos de giesta amarela ou com coroas de flores chamadas de maia ou maio.Vejo por aqui muita gente enfeitar as portas de giestas. E para completar este quadro,esta boa música de um cantor que jamais esquece no coração dos da minha geração...Zeca Afonso,esta música adoro,e hoje estou com vontade de escutar.
Contudo, contudo, Também houve gládios e flâmulas de cores Na Primavera do que sonhei de mim. Também a esperança Orvalhou os campos da minha visão involuntária, Também tive quem também me sorrisse. Hoje estou como se esse tivesse sido outro. Quem fui não me lembra senão como uma história apensa. Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo.
Caí pela escada abaixo subitamente, E até o som de cair era a gargalhada da queda. Cada degrau era a testemunha importuna e dura Do ridículo que fiz de mim.
Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse, Mas pobre também do que, sendo rico e nobre, Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo. Sou imparcial como a neve. Nunca preferi o pobre ao rico, Como, em mim, nunca preferi nada a nada.
Vi sempre o mundo independentemente de mim. Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas, Mas isso era outro mundo. Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja. Acima de tudo o mundo externo! Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.
Álvaro de Campos,in "Poemas" Heterónimo de Fernando Pessoa
O tempo das suaves raparigas é junto ao mar ao longo das avenidas ao sol dos solitários dias de dezembro Tudo ali pára como nas fotografias É a tarde de agosto o rio a música o teu rosto alegre e jovem hoje ainda quando tudo ia mudar És tu surges de branco pela rua antigamente noite iluminada noite de nuvens ó melhor mulher (E nos alpes o cansado humanista canta alegremente) «Mudança possui tudo»? Nada muda nem sequer o cultor dos sistemáticos cuidados levanta a dobra da tragédia nestas brancas horas Deus anda à beira de água calça arregaçada como um homem se deita como um homem se levanta
id="BLOGGER_PHOTO_ID_5329379755207536962" />
Somos crianças feitas para grandes férias pássaros pedradas de calor atiradas ao frio em redor pássaros compêndios de vida e morte resumida agasalhada em asas Ali fica o retrato destes dias Gestos e pensamentos tudo fixo Manhã dos outros não nossa manhã pagão solar de uma alegria calma De terra vem a água e da água a alma o tempo é a maré que leva e traz o mar às praias onde eternamente somos Sabemos agora em que medida merecemos a vida
E porque é Abril e ele nos trouxe a liberdade e a Democracia. E para lembrar,nada melhor que um belo poema de Eugénio de Andrade de quem gosto muito.
Abril
Brinca a manhã feliz e descuidada, como só a manhã pode brincar, nas curvas longas desta estrada onde os ciganos passsam a cantar. Abril anda à solta nos pinhais coroado de rosas e de cio, e num salto brusco, sem deixar sinais, rasga o céu azul num assobio.
Surge uma criança de olhos vegetais, carregados de espanto e de alegria, e atira pedras às curvas mais distantes - onde a voz dos ciganos se perdia.
Era uma noite serena mas com algum sobressalto da hora.Dormia eu calma e serena como toda a criança o faz,despreocupada das coisas,e das lembranças,só tem na mente os sonhos.E a mulher que escreve aqui só tinha cinco anos? E vai longe este dia. Pois seria seis horas da manhã,de uma triste manhã,já muito distante,bateram a porta,mas aquele bater não era normal,mas trazia os ventos da violência e destruição. Eram homens alguns para um só,entraram de rompante como se fossem os donos de alguma coisa, a casa virou desgraça,que valia ser criança,ou mulher,a ordem era para cumprir,levar e bater e continuar a bater até as pessoas falarem.Ai pegaram no Pai indefesso e maltratado como se de cachorro se trata-se e nem esse,até esses querem respeito e estima,nem a Mãe se conseguia chegar para ele e a afastaram.Os meus ouvidos ainda ouvem a frase( chega mulher para trás) se não queres ir junta,pois na cabeça de uma criança jamais esquecerá esta memória,que meu coração guarda com (raiva)e silêncio desse dia. Quem não gostar da lembrança,passa em frente porque eu gosto,são as minhas memórias do antes? Tudo isto é uma razão bem forte pelo dia que Abril abriu,não se bateu mais em ninguém,não se humilhou por ter ideias e gostos diferentes.Para ti Pai neste dia que ainda conseguiste ver Abril,e hoje não,aqui vai continuar a ser Abril de alma e coração,e o teu cravo vermelho ficará bem no alto,como a pancada que levaste um dia,por um ser sem honra nem gloria,poderá estar vivo não sei,mas tu estás aqui no meu coração
Hoje é o dia do livro e do direito de autor. Mas o meu livro aquele que gosto, já há alguns anos o escrevo. Tem dias que escrevo em páginas de encanto, outras de algum desencanto. mas tive dias que escrevi e li no meu livro, as vivências a solidão o amor, sempre tentei ler o amor que é algo sublime que devemos sempre ler.Em tantas páginas li e escrevi o meu ser a minha sensibilidade, e pensamentos. Num livro lia algo cruel e de crime? mas parava e não lia mais, não é o meu género de livro. Li muitas alegrias, e alguns escritores que me fizeram rir às lágrimas. Noutros eu li a tristeza de gente só e desamparada, em muitos li a esperança os sonhos, em mais criança li a fé, que construiu a minha personalidade que gostei de ler e entender. Em muitos li e ensinei a ler, os mais pequenos e lhe disse para os cheirar, pois pelo livro se deve sentir o cheiro. Das coisa que gosto em entrar numa livraria para comprar um livro, e me envolver o cheiro do papel com que o mesmo é feito. Ao autor devemos dar o seu nome, ele passou horas sem sono para escrever palavras, que nos fazem sonhar e amar, se o mesmo passa incógnito não podemos agradecer o seu trabalho. Eu continuarei a ler e amar os livros, eles são a minha vida feita em letras pequenas, como aquelas que um dia aprendi na ida para a escola, e que chegava a passar a ferro as folhas que amarrotavam, são vivências que nunca devemos prescindir os nossos princípios, pelo habito da leitura. a todos os poetas e escritores do mundo, venham os livros para continuar a ler
Hoje é assinalado o dia da terra! mas como agora há dias para todas as coisas,será mais um? Mas este se diga de verdade, que tem toda a lógica, pois sem esta terra não temos outra, imigrar para onde,e se nesta tem de caber tanta gente. Mas eu gostaria que esta terra onde todos os povos do mundo habitamos fosse devidamente cuidada e respeitada. mas quem pensa nisso,só o fará quando a água for escassa e lutar pela gota que cada dia escasseia mais, quando os montes estiverem todos queimados,e não se poder respirar,que cortem as florestas tropicais para uso dos poderes,quando tudo estiver poluído, os carros serem mais de que nós todos, se nas águas do mar não deitassem os lixos tóxicos e depois comer o peixe contaminado? se as terras fossem cultivadas como devia e sem adubos, para todos morrerem de cancro? Que deixassem os animais no seu habitat natural e não os comercializassem para ganhar dinheiro.Que deixassem de matar baleias a luz do dia e deixar as águas vermelhas...dizem para sobreviver? mas quem vê que temos pouco tempo para preservar o que é de nós todos, vamos reflectir neste problema que é de todos, e pensar nos filhos e nos netos, na herança que um dia lhe vamos deixar.