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Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

A Voz do Silêncio

29.05.09, maripossa
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A pessoa que sou é única, limitada a um nascer e a um morrer, presente a si mesma e que só à sua face é verdadeira, é autêntica, decide em verdade a autenticidade de tudo quanto realizar. Assim a sua solidão, que persiste sempre talvez como pano de fundo em toda a comunicação, em toda a comunhão, não é 'isolamento'. Porque o isolamento implica um corte com os outros; a solidão implica apenas que toda a voz que a exprima não é puramente uma voz da rua, mas uma voz que ressoa no silêncio final, uma voz que fala do mais fundo de si, que está certa entre os homens como em face do homem só. O isolamento corta com os homens: a solidão não corta com o homem. A voz da solidão difere da voz fácil da fraternidade fácil em ser mais profunda e em estar prevenida.

Virgílio Ferreira

Não posso adiar o coração

28.05.09, maripossa
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Não posso adiar o amor para outro século
não posso, ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda, sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço, que é uma arma de dois gumes, amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas, e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida, nem o meu amor, nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração

António Ramos Rosa

Há-de Flutuar uma Cidade.

28.05.09, maripossa

Há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida pensava eu... como seriam felizes as mulheres à beira mar debruçadas para a luz caiada, remendando o pano das velas espiando o mare a longitude do amor embarcado por vezes.
Uma gaivota pousava nas águas outras era o sol que cegava, e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite os dias lentíssimos... sem ninguém e nunca me disseram o nome daquele oceano esperei sentado à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar, se espantasse com a minha solidão

(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração. Mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.) um dia houve que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta inclino-me de novo para o pano deste século. Recomeço a bordar ou a dormir tanto faz.
Sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade


Al Berto

 

 

 

 

Os Livros são Janelas

27.05.09, maripossa


Vi um livro no lixo e arrepiei-me pensando que há livros que nascem mortos. Pode-se viver sem ler ? Quem não lê não entra no rio da história e quem lê é como o mar onde desaguam muitos rios. Comprar um livro é sempre como a primeira vez, como quem marca um encontro para receber uma confidência. Uma casa sem livros está desabitada, é uma pensão... Os livros são janelas. Hoje vou abrir uma delas.

 

 Vasco Pinto de Magalhães

 

Prémio

27.05.09, maripossa


A amiga Papoila do blogue http://a-papoila.blogspot.com/

Me ofereceu este prémio,da qual tem algumas regras que são as seguintes. confessar 5 coisas que goste de fazer,são algumas e das quais faço com grande vontade e amor,que vou tentar resumir.

A primeira é ter os filhos junto de mim e fazer aqueles jantares de sábado à noite em perfeita harmonia familiar.

Passear junto do mar,ler e ouvir o batar da ondas e sentir a maresia no rosto

Ajudar quem precisa da minha prestação com todo o carinho e amizade
Ouvir música dos anos sessenta,ver um bom filme na companhia do marido,de preferência no inverno junto à lareira.

Sempre que a sirene toca,saltar fora da cama e partir ao encontro,para socorrer.

Agora a parte mais dificil será a entrega,sei que alguns amigos não gostam da correntes,mas para não dizer este ou aquele,contribuam e participem os que gostem,eu agradeço e a amiga que mo ofereceu merece. Obrigados e continuem!

O Horizonte das Palavras

25.05.09, maripossa

Sem direcção, sem caminho escrevo esta página que não tem alma dentro.

Se conseguir chegar à substância de um muro acenderei a lâmpada de pedra na montanha.

E sem apoio penetro nos interstícios fugidios, ou enuncio as simples reiterações da terra,

as palavras que se tornam calhaus na boca ou nos meus passos.

Tentarei construir a consistência num adágio de sílabas silvestres, de ribeiros vibrantes.

E na substância entra a mão, o balbucio branco de uma língua espessa, a madeira, as abelhas,

um organismo verde aberto sobre o mar, as teclas do verão, as indústrias da água.

Eu sou agora o que a linguagem mostra nas suas verdes estratégias, nas suas pontes

de música visual: o equilíbrio preenche os buracos com arcos, colinas e com árvores.

Um alvor nasceu nas palavras e nos montes. O impronunciável é o horizonte do que é dito.

 

António Ramos Rosa
 

Se eu Pudesse

24.05.09, maripossa


Se eu pudesse deixar algum presente à você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável. Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída

Mahatma Gandhi

Deixa que o Rio Leve

22.05.09, maripossa

Deixa que o rio te leve, ao sabor do vento e te encontre nas margens, dos teus desejos. Na passagem colhe as flores e os lírios que abundam pela margem. O rio te corre o pensamento, e no instante sentes o cantar da água, quando ele bata na pedra polida pela idade. Te acerca dele e fala… como se fosse alguém que escuta o pensamento. Mergulha teus pés cansados da estrada da vida, e pensa que estás ali esperando, por o veres partir e a água que passou jamais passa no mesmo lugar. Goza o momento que tiveste, e desfruta do dia e da hora, em que ele passou por ti a correr, e levou os teus pensamentos juntos.

 

 

Liso 22/05/2009

 

Deixa que o Rio!

22.05.09, maripossa
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Deixa que o rio leve, ao sabor do vento e te encontre nas margens, dos teus desejos. Na passagem colhe as flores e os lírios que abundam pela margem. O rio te corre o pensamento, e no instante sentes o cantar da água, quando ela bate na pedra polida pela idade. Te acerca dele e fala… como se fosse alguém que escuta o teu pensamento

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Mergulha teus pés cansados da estrada da vida, e pensa que estás ali esperando, por o veres partir, e a água que passou, jamais passa no mesmo lugar. Goza o momento que tiveste, e desfruta o dia e a hora, em que ele passou por ti a correr, e levou os teus pensamentos juntos.


Lisa 22/05/2009

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