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Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

Rio da Infância

08.09.10, maripossa

No rio da minha infância,as águas eram cristalinas e ao longo do leito tudo era verde e calmo. Pela tardinha sentia o cheiro do estio que vinha até mim
Neste encantamento o ouvia cantar de pedra em pedra,como um pequeno saltimbanco.O rio da minha infância era tranquilo,e no seu curso levava a pureza da alma,como um navegar em barco de papel,e o pão do lavrador.
No rio da minha infância,ficava a olhar para ele,sentada na margem dos meus sonhos até entardecer,levava com ele as lembranças de menina.Hoje já nem parece o mesmo, acorda triste e se deita igual.Os peixes vivem nele e morrem de poluição,os pássaros cantavam na margem,mas vão imigrando para outras paragens.Onde param os morangos bravios, já não os encontro no leito,as flores amarelas nem as vejo.O silvado toma conta dele até à margem.Até a velha doninha,foi morar para outro lado,o rio não leva as águas claras e cristalinas que sempre me habituou,tudo fugiu, para longe do meu olhar,sinto pena e muita saudade desse tempo de tranquilidade.

 

Lisa 8/09/2010