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Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

Maripossa

Tudo que tem asas deve voar,por isso a borboleta selvagem o faz sem nunca olhar para onde.

Maio

24.05.11, maripossa
 
Na minha juventude antes de ter saído
Da casa de meus pais disposto a viajar
Eu conhecia já o rebentar do mar
Das páginas dos livros que já tinha lido
Chegava o mês de Maio era tudo florido
O rolo das manhãs punha-se a circular
E era só ouvir o sonhador falar
Da vida como se ela houvesse acontecido
E tudo se passava numa outra vida
E havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso?
Eu próprio não o sei dizer
Só sei que tinha o poder duma criança
Entre as coisas e mim havia vizinhança
E tudo era possível era só querer
 

Ruy Belo
 
 
Em Maio tudo é florido as cores nos fascinam,nos vem o cheiro da erva do campo,
a giestas e camomilas.

Tenho pena de hoje em dia e neste mês não ouvir cantar os grilos,
sinais dos tempos e da poluição.
A natureza mudou e poucos estão a ter consciência para isso,e cada vez será bem pior.
 

Cidade

07.05.11, maripossa

 

Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes, e não vejo
Nem o crescer do mar, nem o mudar das luas.

Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes.

Sophia Mello Bryner