Corpos
Corpos vazios
Cheios de coca-morfina.
Corpos dormindo,ao relento da lua.
Corpos vendidos em leilão de esquina,
Corpos sem vida caídos na rua!
Corpos gemendo de mão estendida,
Corpos morrendo implorando aos céus
corpos sorrindo com estes elos de vida,
Corpos contentes por não serem seus!
Corpos obesos de charuto empunhado,
gozando dos lucros
Que rendem no banco,
corpos esqueléticos caídos de lado,
Por não terem a pele,caiada de branco
(retalhos do tempo)