Dia da Poesia
Sendo hoje o dia Mundial da Poesia,não recisti a colocar uma crónica de Manuel Alegre ao Correio da Manhã,onde diz um poema tão actual,será isto a seguir.
MANUEL ALEGRE
Oferece a todos os cidadãos, passados e presentes e ainda a todos aqueles que exercem o Poder: “Um poema que tem dois versos muito actuais... ‘Temos nas nossas mãos/
o terrível poder de recusar’”
“Sombra dos mortos, maldição dos vivos.
Também nós... Também nós... E o sol recua.
Apenas o teu rosto continua
A sorrir como dantes,
Liberdade!
Liberdade do homem sobre a terra,
Ou debaixo da terra.
Liberdade!
O não inconformado que se diz
A Deus, à tirania, à eternidade.
Sepultos insepultos,
Vivos amortalhados,
Passados e presentes cidadãos:
Temos nas nossas mãos
O terrível poder de recusar!
E é essa flor que nunca desespera
No jardim da perpétua primavera”.
APELO AOS CIDADÃOS E AINDA A TODOS OS QUE EXERCEM O PODER
Para Manuel Alegre, político e intelectual, por muitos apontado como o maior poeta vivo, o poema que escolheu para assinalar o dia, assinala também a sua circunstância histórica.
Agora outro pequeno poema,da qual gosto bastante,é meu e como tal não sou uma poeta,longe disso,mas se calhar uma sonhadora,que gosta de escrever o que sente e lhe vai no coração
Amei
Em criança pequena
Ao colo e no peito da mãe
E foi amada ao colo do pai
Amei
Com oferta de uma flor
Do colega de escola
Foi este o primeiro Amor
Amei
Menina pequena,mulher
Com pedaços de papeis escritos
Adormecidos nos dedos
Cheios de Amor, e segredos
Amei
E foi amada,beijada
Com corpos unidos e sedosos
De mãos crispadas no corpo
Amei
Do ventre desse amor
O fruto verdadeiro o primeiro
Que guardei,pois por ti amei!
Lisa