Noite
18.02.09, maripossa
É de noite que as palavras se soltam, sem destinos nem contornos, vagueando plurais em seus sentidos, omitindo-se e revelando-se.É de noite que me solto no sentir, quando no adormecido silêncio as palavras se fantasiam e libertam. É de noite que acordo o poema na sonolência do verbo,na indigência dos significados, na suavidade dos desvarios consumados.É de noite, na noite de mim,que diariamente me exponho nos silêncios libertados. Helena Monteiro