Num recanto de uma sala junto a uma janela entreaberta
28.11.09, maripossa
Num recanto de uma sala junto a uma janela entreaberta estou como se estivesse protegido por uma cúpula de folhagem e escrevo não sobre uma folha mas sobre a pedra azul do dia, e as minhas palavras reflectem o murmúrio do sol e a língua do vento. Talvez elas venham também de um fundo obscuro, procurar o espaço visível com a sua sede submersa mas eu não conheço o que as move nem o seu alvo oscilante. No entanto a claridade da página é um álcol leve que vai ardendo ao sopro da (...)