Da Janela...
06.04.08, maripossa
Da janela avista-se uma linha verde de ervas, rasteiras e macias, tão macias que podemos imaginar um corpo nu deitado sobre elas, entregando-se, num acto amoroso, à natureza que o gerou e completa. Cresce sobre essa linha uma árvore ainda jovem, com o tronco rasgado em dois braços abertos, erguidos para o céu. Pelas mãos de ambos chega-nos aos ouvidos uma melodia breve, um rumor elemental que nos fere os sentidos e ecoa pelas cavidades interiores do corpo, como um fio de água (...)